1. Elabore um cronograma

Na ansiedade por iniciar logo uma obra ou reformar a casa antiga, o impulso de comprar todos os materiais de uma vez é grande. Mas essa atitude precipitada pode comprometer seu orçamento rapidamente.


A sugestão é criar um cronograma para prever todas as etapas da construção. Assim, você pode adquirir os itens conforme a necessidade de uso vai se aproximando do prazo definido no planejamento.


2. Analise o ciclo de vida do material de construção

Todos os materiais de construção têm uma durabilidade específica, basta consultar suas descrições. Por exemplo, os de alvenaria — tijolos, blocos cerâmicos e de concreto — apresentam resistências e dimensões padronizados. Eles devem ser comprados sem fissuras e rachaduras para evitar reformas repentinas.


A areia e o cimento precisam ser adquiridos pouco antes do uso, a fim de evitar o comprometimento do concreto devido ao empedramento. Já os pisos contêm o índice PEI, que aponta a resistência à abrasão. Os números variam de 1 a 5 e apontam as formas de uso apropriadas para cada tipo.


3. Verifique se o produto é sustentável

A sustentabilidade do produto vai além de providenciar uma construção ecologicamente correta. Alguns materiais são mais baratos que os tradicionais, e outros facilitam a obra. Um exemplo é o tijolo ecológico que utiliza até 80% menos cimento e é resistente a mudanças climáticas.


Toda durabilidade do material “verde” precisa ser amiga do meio ambiente, desde a fabricação até o seu descarte final. Para garantir que o item é realmente sustentável, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) determinou que o consumidor precisa averiguar se a empresa produtora:


tem CNPJ;

apresenta licença ambiental liberada por entidade estadual;

aparece em listas que usam mão de obra ilegal;

expõe compromissos e valores exigidos pela lei para boas práticas ecológicas;

usa critérios consistentes para comprovar que seus produtos são sustentáveis.


4. Fique de olho no acabamento

No processo de alvenaria são utilizados cimento, concreto, ferro e tijolos para formar a estrutura da obra. Contudo, quando chega o momento de fazer os acabamentos, são usados outros tipos de materiais. Abaixo, vamos conhecer alguns itens e onde são aplicados.


Pastilhas

São muito usadas no acabamento de banheiro, cozinha, lavanderia e piscina. Elas são versáteis e apresentam diversas cores, formatos e tamanhos. As pastilhas antiderrapantes são indicadas para os locais citados. Já as de vidro são ideais para paredes; e as mescladas podem formar mosaicos ou criar um efeito de texturas.


Mármores

São itens muito belos e de alta durabilidade. Os mármores são utilizados em balcões, pias e soleiras, mas também podem ser aplicados em paredes e até pisos. Porém, não são instalados em grandes superfícies por causa do valor elevado.


Granitos

São usados em ambientes internos e externos da obra. Apresentam diversas cores (cinza, marrom, preto, verde ou até amarelo) e formatos, o que permite várias possibilidades estéticas.


Cerâmica

É um dos itens mais comuns graças à variedade e ao preço amigável. Se escolhida da maneira correta, pode conceder um acabamento elegante aos ambientes.


Porcelanatos

É um material versátil, bonito, de simples aplicação e fácil de limpar. É uma alternativa que demanda um investimento financeiro maior, mas que compensa em resistência e durabilidade.


Madeira

A madeira tem presença garantida nos acabamentos, pois é resistente e fácil de trabalhar. Pode ser usada no revestimento de paredes, no piso (em diversos cômodos) e em móveis para casa, especialmente os embutidos.


5. Pesquise a reputação da marca

A marca mais cara nem sempre é sinônima de qualidade. Portanto, pesquise quais empresas oferecem os melhores materiais de construção. Verifique sobre elas na internet para tirar a prova. Dessa forma, você confere a opinião de clientes e vê se eles ficaram satisfeitos com o resultado.


6. Não compre ponta de estoque

Principalmente quando o assunto é sobre itens mais frágeis, como pisos de cerâmica. Peças que quebram com facilidade e ficam armazenadas por muito tempo podem estar comprometidas por causa do longo período no estoque.


A mudança de temperatura faz o material rachar. A umidade pode mofá-lo. Os funcionários pegam pacotes ao lado e deixam cair. Tudo é possível.


Outros que vêm embalados de fábrica, como argamassas e cimentos, é recomendado evitar. Se eles são ponta de estoque significa que não foram acomodados corretamente e podem apresentar problemas no uso. Sem contar a possibilidade de estarem próximos da validade. Tenha cuidado!


Ocasionalmente, os estabelecimentos lançam promoções de itens fora de linha. O valor até pode ser convincente à primeira vista. Porém, considere se determinado produto será substituído no futuro. Os azulejos, por exemplo, são produzidos por coleções, ou seja, quando o lote atinge o tempo de mercado, a fabricação acaba e não tem mais como comprar um modelo igual. Por isso, adquira peças extras para evitar problemas.


7. Peça descontos

O mercado de material de construção é competitivo. Essa é uma vantagem e tanto quando o objetivo é economizar dinheiro. Afinal, lojistas e fornecedores querem fidelizar a clientela, e dar descontos é uma forma de fazer isso.


Como o investimento será elevado, negocie preços e formas de pagamento com os comerciantes. Comprar tudo no mesmo estabelecimento e pagar à vista pode aumentar a fatia de descontos.


Com o dinheiro em mãos, considere também outras vantagens oferecidas pela loja. Além do prazo de entrega, avalie as condições e facilidades. Alguns fazem entrega gratuita a partir de determinado valor, e esse fator pode ser considerado na hora de fechar negócio.


Esperamos que as dicas para escolher material de construção tenham sido úteis. Contudo, se estiver sem grandes recursos financeiros no momento, esse pode ser um impeditivo ao adquirir os materiais necessários. Diante disso, optar por um consórcio para construção ou reforma pode ser a melhor opção.



Fonte: Blog Racon.