Analista vê grande oportunidade após ações caírem quase 70% desde o IPO, realizado em 2021


A Mitre (MTRE3) mostrou que segue crescendo, apesar do ambiente mais desafiador para o setor. A incorporadora apresentou 10,7% de alta no volume de vendas para 313,6 milhões de reais em balanço do quarto trimestre divulgado na última noite. A receita líquida, que ficou em 170,143 milhões de reais, surpreendeu o mercado, que esperava por algo em torno de 140 milhões de reais, segundo consenso da Bloomberg.


A história que a empresa vem apresentando desde sua chegada à bolsa, no ano passado, tem convencido analistas do BTG Pactual. "É uma empresa que tem mais caixa do que dívida, o que a coloca em posição muito boa para investir em suas próprias operações, como foi feito no último trimestre. A empresa comprou bastante terreno para produzir em 2022", afirma Fernando Mollo, analista do BTG Pactual no programa Abertura de Mercado, da EXAME Invest, desta terça-feira, dia 22 de fevereiro.


Mollo considera que o ano deve ser de maior cautela de gastos, devido às maiores taxas de inflação e juros e incertezas eleitorais. Apesar do ambiente macroeconômico, as expectativas do analista são otimistas para as ações da empresa, considerando o que vem sendo feito da porta para dentro e o atual preço dos papéis. Desde o IPO, quando a precificação alcançou 19,30 reais,  o topo da faixa indicativa, as ações da Mitre já caíram 69%. "Temos recomendação de compra. A empresa vem sendo negociada a 0,6x Preço/Valor Patrimonial (P/VP). É um múltiplo bastante barato."


Pelas projeções do BTG, os papéis da companhia têm potencial não só de recuperar o patamar em que foram precificados no IPO, mas superá-lo. Com preço-alvo, de 20 reais, o banco vê espaço para as ações, hoje cotadas a 6 reais, subirem 230%.



Fonte: Exame.